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A Hora Azul – Paula Hawkins

  • Foto do escritor: Talita Chahine
    Talita Chahine
  • 16 de jul.
  • 2 min de leitura

Intrigante, atmosférico e cheio de camadas escondidas.


Oi gente...

Tudo bem com vocês ??


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Mais um livro que segue a fórmula consagrada de Paula Hawkins — passado nebuloso, personagens moralmente ambíguos e um cenário isolado — mas, desta vez, com uma reviravolta: ao contrário de outras obras da autora, aqui fui completamente fisgada pela curiosidade.


Precisava saber o que estava por trás de tantos silêncios e segredos.


Em A Hora Azul, acompanhamos Rose, uma mulher determinada a remexer as memórias de uma figura tão enigmática quanto sua arte: Eliza Chapman, uma artista reclusa que viveu por anos em uma ilha remota. O ponto de partida é o desaparecimento do marido de Eliza — um evento envolto em mistério que marca o início de uma série de acontecimentos sombrios. Anos depois, a própria Eliza morre, deixando para trás não apenas sua obra, mas também inúmeras perguntas.


Rose chega à ilha em busca de respostas, mas logo percebe que está entrando em um labirinto emocional e psicológico muito mais profundo do que imaginava. Quanto mais investiga, mais se vê confrontada com verdades desconfortáveis — não só sobre Eliza e seu passado conturbado, mas também sobre si mesma.


A convivência entre Eliza e Jude, os únicos moradores permanentes da ilha, é outro ponto fascinante da narrativa. Há uma tensão constante entre eles, uma dinâmica intensa e silenciosa, quase sufocante, que desperta suspeitas e arrepios. A ilha em si torna-se um personagem, com sua atmosfera isolada, inquietante e cheia de presenças não ditas.


Ao explorar os cantos esquecidos da casa, do ateliê e da própria paisagem, Rose faz descobertas que desencadeiam uma investigação mais ampla, trazendo à tona verdades soterradas e mostrando que alguns segredos são perigosos demais para permanecerem enterrados.


Com uma escrita envolvente e uma construção de suspense meticulosa, Paula Hawkins entrega uma trama densa, carregada de emoção, e que nos obriga a questionar o quanto realmente conhecemos as pessoas — e até nós mesmos. A Hora Azul é um livro que prende desde as primeiras páginas e vai se aprofundando em temas como arte, trauma, silêncio e o peso do que deixamos para trás.


Apesar de alguns trechos que poderiam ser mais ágeis, a leitura vale a pena. É um suspense psicológico que entrega aquilo que promete: mistério, intensidade e um desconforto que te faz virar as páginas buscando luz em meio à escuridão.


Bom é isso gente ...

Vejo vocês no próximo !

 
 
 

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