Morte na Rua Hickory – Agatha Christie
- Talita Chahine
- 18 de jul.
- 2 min de leitura
Um mistério que começa com pequenos furtos… e termina com revelações arrepiantes.
Oi gente...
Tudo bem com vocês ??

Em Morte na Rua Hickory, Agatha Christie mais uma vez nos brinda com a genialidade de Hercule Poirot, mas aqui, o famoso detetive belga é convocado de maneira bastante inusitada. Ao contrário das grandes tragédias ou crimes elaborados que geralmente o chamam para a ação, desta vez tudo começa com um erro de digitação.
Poirot, atento como sempre, percebe que Miss Lemon, sua secretária, cometeu um deslize em uma carta comercial. Isso, vindo da metódica e quase robótica Miss Lemon, é praticamente inconcebível. Ao questioná-la, ele descobre que sua preocupação está com a irmã, Mrs. Hubbard, que recentemente ficou viúva e decidiu administrar uma pensão para jovens. O que deveria ser uma ocupação tranquila se transforma em fonte de tensão: objetos começam a desaparecer na pensão — a princípio coisas pequenas, de nenhum valor monetário, mas ainda assim inexplicáveis.
Intrigado, Poirot decide intervir. Ele se hospeda na pensão com o pretexto de observar, e rapidamente percebe que há algo de errado no ambiente. O caso parece se resolver rapidamente, até que uma das moradoras é encontrada morta. Tudo indica um suicídio, mas Poirot não se convence com essa explicação. E, como se não bastasse, pouco tempo depois uma segunda morte abala a pensão.
O que parecia uma sucessão de acontecimentos isolados e até banais vai se revelando como parte de um plano muito mais complexo. Dois crimes, aparentemente desconectados, e um rastro de pistas sutis vão se entrelaçando à medida que Poirot, com sua mente afiada, começa a puxar os fios da teia.
Agatha Christie constrói aqui uma narrativa engenhosa, em que cada personagem parece esconder algo. E à medida que segredos pessoais e histórias mal resolvidas vêm à tona, percebemos que a Rua Hickory guarda mais do que apenas jovens inquilinos — ela abriga também mágoas, mentiras e intenções ocultas.
O desfecho, como sempre, é digno de nota: um verdadeiro “clássico Poirot”, onde cada detalhe aparentemente irrelevante ganha significado, e a verdade só se revela quando o detetive expõe todos os fatos diante dos presentes.
Por que vale a pena ler?
É um dos livros em que Poirot atua mais discretamente, deixando o leitor imaginar por muito tempo o que de fato está acontecendo.
O clima de tensão aumenta gradativamente, fazendo com que cada capítulo seja mais envolvente que o anterior.
É uma obra que mostra o quanto Agatha Christie dominava a arte de transformar o cotidiano em enigma.
Se você gosta de mistérios bem construídos, pistas falsas, personagens ambíguos e uma conclusão surpreendente, Morte na Rua Hickory é leitura obrigatória. E, claro, ao terminar, você vai se perguntar como não viu tudo antes — mas isso, como qualquer fã da Rainha do Crime sabe, é parte do charme irresistível de suas histórias.
Bom é isso gente ...
Eu vou ficando por aqui !!!
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